Foto: Zoid Creative
Entre os dias 24 e 26 de maio, empreendedores e empreendedoras da Amazônia Bee, ATLAS Florestal, Cacauaré Cacau Nativo da Amazônia, Deveras Amazônia, MOMA Natural e Passyflora Projetos Agro Sustentáveis estiveram reunidos em São Paulo para mais um encontro presencial do Programa +Aceleração. O encontro aconteceu na Aya Hub.
O Programa integra o “Projeto de Pagamentos por Resultados de REDD+’’, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com apoio do Green Climate Fund (GCF). O Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), a AMAZ aceleradora de impacto e o Sense-Lab são parceiros executores do projeto.
O tema principal do encontro foi Modelo de Negócio, com atividades práticas sobre análise de mercado, segmentação de cliente, canais de venda, relacionamento com cliente e gestão financeira.
A secretária de bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Carina Pimenta, participou da programação e destacou a importância da conexão entre o ecossistema de negócios de impacto na Amazônia e o poder público.“É muito importante esse processo de aceleração de negócios com atuação na Amazônia para que a gente saiba quais estão surgindo e quais são suas dores. Assim, a gente pode entender onde as políticas públicas têm um canal direto de contribuição para que esse ecossistema se desenvolva,” ressalta.
A programação incluiu a apresentação de pitches, fundamentais na busca de investimentos, a uma banca de investidores focados em analisar as apresentações e dar feedbacks para os negócios.
“Trouxemos um conjunto de atores que têm acesso ao capital para assistir. Foi um excelente aprendizado para os negócios entenderem o que trazer no pitch e como fazer”, analisa Eduardo Sugawara, da Sense-Lab.
Estiveram presentes Martin Mitteldorf (MOV Investimentos), Daniel Contrucci (Climate Ventures), Thiago Grandi e Bruna Pelegio (Sitawi), Andrea Rezende (Mirova/ImpactEarth) e Patricia Ellen (AYA Hub + SystemIQ).
“Estamos iniciando agora a última etapa do Programa de Aceleração, em que os empreendedores se preparam para captar investidores e clientes, necessários para o crescimento dos seus negócios. E eles tiveram a oportunidade de conversar com investidores da área de venture capital, dinamizadores e investidores que fazem empréstimos”, avalia Mariano Cenamo, CEO da AMAZ e diretor de novos negócios do Idesam.
Outro momento de troca foi a roda de conversa com empreendedores de negócios já acelerados. Daniel Cabrera (Vivalá), Leticia Feddersen (Soul Brasil Cuisine) e Max Petrucci (Mahta) falaram sobre modelos de negócios, desafios e dores de suas jornadas.
“A troca com pessoas de vários ramos, com empresas que estão sendo aceleradas e outras que já passaram por isso, é muito importante para saber onde a gente quer chegar. Saio do encontro com muito mais experiência e com vontade de melhorar cada dia mais”, compartilha Noanny Maia, da Cacauaré Cacau Nativo da Amazônia.
Patricia Pahl, da Passyflora Projetos Agro Sustentáveis, concorda que as trocas com outros empreendedores são um dos pontos altos nos eventos presenciais. “A gente vê a evolução dos outros negócios, os aprendizados que trazemos, e isso é muito rico para todo mundo”, conta. “Também faz a gente ter absoluta certeza que precisa continuar com o nosso trabalho na ponta, lá na Amazônia, para atender a uma demanda crescente de um mercado sedento por soluções e precisando de produtos da floresta”, completa Patricia.
A evolução dos negócios também foi percebida por Andréa Bolzon, coordenadora geral do Projeto. “Os empreendedores têm muita clareza sobre os produtos e serviços que desenvolveram e onde querem chegar. Fiquei bastante impressionada com a maturidade dos negócios e com a certeza de que esse trabalho vai render muitos frutos”, avalia a coordenadora.
Sobre o Programa +Aceleração – O Programa +Aceleração é parte do “Projeto de Pagamentos por resultados de REDD+ alcançados pelo Brasil no bioma Amazônia em 2014 e 2015” promovido pelo MMA e PNUD com apoio do Green Climate Fund (GCF). A iniciativa tem como parceiros executores o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), AMAZ aceleradora de impacto e Sense-Lab.
O Projeto busca recompensar quem protege e recupera a floresta e contribui para a redução de emissões de gases de efeito estufa. Até 2026, reconhecerá o trabalho de pequenos produtores rurais, apoiará projetos de povos indígenas e comunidades tradicionais, fortalecerá a estratégia nacional de REDD+ e apoiará empreendimentos de impacto que dialoguem com o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal.
É o primeiro Projeto a receber recursos do GCF como recompensa pela redução das emissões de gases de efeito estufa e a executar o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) nessa escala. Uma resposta urgente e inovadora para manter a floresta em pé e combater a mudança global do clima.